segunda-feira, 11 de julho de 2011

Des-medo da chuva

É pena
que você realmente
ainda ache que sou eu.

É justo
que eu intimamente
hoje saiba quem sou eu.

É fato:
os nós que faziam de nós cegos
desataram-se.

Desiste!
Des-existimos.
Existe você.
Existo eu.
Nós nunca mais.


3 comentários:

Chan. disse...

Muito bom!

Girl to Girl. disse...

Não é bom, é perfeito demais, tipo, nem parece que foi uma pessoa normal que fez, parece que foi, tipo, um Shakespeare da vida.
Muito bom mesmo

Diana Motta disse...

Esse é o meu texto favorito do seu site! Seu arranjo está uma perfeição divina, deslumbrante. Você fala do amor em dois sentidos em um só texto, no qual os dois estão certos, pode-se intrerpretá-lo de várias formas. O encantamento desse seu texto é a relatividade do jogo de ideias. Parabéns pelo seu dom, a cada dia que passa vou me impressionando mais com você.