quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Como’ego (comigo)

Não quero me vestir de alter-lírico.
Hoje quem vos fala sou eu:
a outra – autora.

Depois do pseudo-apocalipse,
reavivada, reaprendo a ser-me
reaprendo a ler-me.
aprendo a ver-me.

A outra que já fui, hoje eu, aprendiz,
a prendo para que, presa,
possa eu predá-la.

Antropófaga de mim.

3 comentários:

Chan. disse...

Alimentar-se de ego pode ser indigesto..

Ilana Guimarães disse...

E tem sido, Chandra, muitas vezes...

Diana Motta disse...

Assim é a nossa relação com o nosso ego. Ao passar da vida vamos deixando de ser controlados pelas emoções, ficando cada vez mais sábios. Todos nós temos nosso lado obscuro, nossa sombra, que vamos aprendendo a domar, pois se não soubermos controlar nossa sombra, ela nos controlará.